Para Cada Uma Com Verificado das Nações Unidas

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Ampliando a conscientização sobre os tipos de violência doméstica e familiar contra as mulheres, abrindo o espaço para o enfrentamento de cada uma delas.

As mulheres foram as mais impactadas pela pandemia. 

O Brasil está em 5° lugar no ranking mundial de feminicídios e em 2021, mais de 17 milhões de mulheres sofreram violência física, psicológica ou sexual

As mulheres – maioria jovens, negras e separadas – sofrem mais violência dentro da própria casa e os autores da violência, em sua maioria, são pessoas conhecidas da vítima. 

Uma em cada quatro mulheres acima de 16 anos afirmam ter sofrido algum tipo de violência durante a pandemia de COVID-19 e a população acredita que a violência contra a mulher cresceu 73% durante a pandemia. O que fazer para mudar este cenário? 

 

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02. Estratégia

Desafio

A violência contra as mulheres foi ainda mais exacerbada durante a pandemia e o que antes já era urgente, se tornou ainda mais.

A violência contra as mulheres não começa ou termina na agressão física. Conforme a Lei Maria da Penha, existem 5: moral, sexual, patrimonial, psicológica, e por fim, a física. O fato é que a violência é subnotificada, dentre diversos motivos, existe uma falta de entendimento e conhecimento sobre os tipos de violência e como elas se dão na prática.

 

Oportunidade

A campanha “Para Cada Uma” foi então criada para abordar o tema, transformando uma linguagem difícil numa narrativa palatável. Teve como foco principal identificar, nomear e exemplificar os tipos de violência doméstica e familiar previstos por lei.

Para realizá-la, contamos com o apoio de iniciativas e organizações no Brasil que já atuavam na temática, que traziam credibilidade e chancela no tema, e que estavam abertas a colaborar e co-construir uma campanha em resposta a violência doméstica e familiar. Foi o caso do Instituto Maria da Penha e Instituto Avon. 

Além disso, a credibilidade da ONU no Brasil abriu diversas portas para criar uma campanha importante e de grande impacto com o envolvimento de diversas organizações especialistas no tema, instituições até então não atuantes, influenciadoras e especialistas.

 

Teoria de Mudança

Ao convocarmos mensageiras de confiança (influenciadoras, organizações atuantes e não atuantes, veículos de mídia e lideranças comunitárias) para participar ativamente da campanha sobre os tipos de violência contra as mulheres e como se deve agir, podemos mudar a percepção e comportamento das mulheres e aliadas sobre a violência para aumentar a conscientização sobre os tipos de violência contra a mulher.

03. Branding

O branding para esta campanha foi pensado para ser direto e sutil, utilizando uso predominante do lilás, por ser a cor que representa o combate à violência doméstica no Brasil, durante o Agosto Lilás. Já o laranja representa os 16 Dias de Ativismo contra Mulheres e Meninas, promovida pelas Nações Unidas. Além disso, também usamos imagens ilustrativas representando a diversidade das mulheres brasileiras.

04. Colaborações

A campanha “Para Cada Uma” é parte da iniciativa global Verificado da ONU e teve apoio institucional do Instituto Maria da Penha e Instituto Avon, além de colaborações da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Eletromidia, Farah Service, Grupo CCR, Instituto CCR, Museu de Arte do Rio, Museu do Amanhã, Nigro Entretenimento, Santuário Cristo Redentor, Urbia, ViaMobilidade, ViaQuatro, VLT Carioca, G10 Favelas e Associação de Mulheres de Paraisópolis.

05. Campanha

Lançamento

A campanha foi lançada no aniversário de 16 anos da Lei Maria da Penha (7 de agosto de 2022) pela iniciativa global Verificado, da Organização das Nações Unidas (ONU), em um ato inter-religioso no Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, que contou com a participação de representantes de nove religiões e da cantora Kell Smith. Além disso, o monumento do Cristo Redentor ganhou uma projeção especial. 

A campanha também foi composta por ações online e offline. Várias instituições e empresas manifestaram apoio à campanha, como as intervenções de iluminação lilás no Planetário e na Oca Ibirapuera, administrados pela Urbia, em São Paulo, além do Museu de Arte do Rio (MAR) e o Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, e o Teatro Amazonas, em Manaus.

Canais

Em São Paulo, as linhas 4, 5, 8 e 9 de trem e metrô adesivaram 20 portas de vagões em apoio à campanha “Para Cada Uma”. Além disso, nos monitores de vagões, plataformas e ciclovias, foram  transmitidas mensagens de combate à violência doméstica e familiar. O VLT Carioca e a Eletromidia também apoiaram a causa com a divulgação da iniciativa em telas e monitores eletrônicos.

Nos canais da ONU no Brasil, Instituto Maria da Penha e Instituto Avon também compartilhamos assets em linha com a campanha.

Influenciadores

Também contamos com a participação de outros nomes como a influenciadora, Nath Finanças e a advogada especialista em crimes de gênero, direito antidiscriminatório e feminicídios Fayda Belo. Ambas postaram em seus perfis no Instagram um conteúdo sobre violência patrimonial, moral e psicológica. E as criadoras de conteúdo Juliana Luziê, Brona Palodo e Roberta Freitas, comunicadora de beleza também participaram da iniciativa, com a publicação de posts para engajar e informar seus públicos sobre o combate à violência contra as mulheres.

Além disso, a criadora de conteúdo, Ju Romano e a professora e pesquisadora Valeska Zanello, juntaram-se em uma live no Instagram para  uma conversa sobre as violências doméstica e familiar, com foco nas psicológicas e morais.

Diversas influenciadoras se manifestaram de forma orgânica nas redes sociais, e fizeram publicações da campanha em suas redes. 

06. Mídia

A campanha foi divulgada em diversos meios como jornais, televisão, redes sociais e rádio em +200 canais, alcançando públicos de diversos estados do país.

07. Treinamento de lideranças comunitárias

A campanha também promoveu o workshop “Para Cada Uma e por Todas” com capacitação do Instituto Maria da Penha em Paraisópolis – São Paulo, que aconteceu a partir de uma oficina temática com o objetivo de levar conceitos e fundamentos da Lei Maria da Penha e do fortalecimento da noção de territorialidade para as  mulheres de Paraisópolis.

As participantes do workshop eram presidentes de rua (lideranças comunitárias) que não apenas receberam formação nos conceitos e fundamentos da lei, mas que também  foram multiplicadoras da campanha levando o conhecimento e apoio para as mulheres da comunidade. 

Foram mais de 70 mulheres que participaram dos três dias de workshop, e que em seguida disseminaram o conteúdo para mais de 400 mulheres.

A ação contou também com mensuração de impacto do workshop e seu efeito no conhecimento nas presidentes de rua, realizada pelo Instituto Favela Diz, com 2 fases – pesquisa pré e pós, além de pesquisa recall com mulheres da comunidade para medir a lembrança e efetividade da comunicação do tema (violência contra as mulheres) que foi disseminado por meio das lideranças.

Pesquisa pré e pós: 70 Presidentes de Rua

Recall: 400 mulheres (200 mulheres impactadas e 200 não impactadas)

08. Impacto

A campanha teve mais de 27 milhões de visitantes únicos em artigos que saíram na mídia. Milhões de pessoas foram impactadas pela campanha nas ciclovias e transportes públicos. A campanha também contou com redes sociais e influenciadoras – conteúdos customizados sobre o tema aumentaram em 43% o conhecimento dos tipos de violência doméstica e familiar.

Quanto às lideranças comunitárias e as mulheres de Paraisópolis, comprovamos a relevância e eficácia da campanha através de pesquisa com o Instituto Favela Diz.

Impacto nas lideranças comunitárias

Elas sabem mais sobre violência doméstica, como apoiar as mulheres e falar sobre isso. Após o treinamento, as lideranças sabem mais sobre a Lei Maria da Penha (+15%) e sabem muito sobre violência doméstica (+10%). Também se sentem muito mais preparadas para apoiar as mulheres (+35%), sabem as medidas que podem tomar para ajudar (+27%) e como discutir com amigas próximas (+16%) e familiares (+14%).

Verificado capacitou as participantes da formação sobre os tipos de violência. Após a formação, as lideranças identificam melhores violências morais (+16%) e psicológicas (18%).

Impacto nas mulheres de Paraisópolis 

Serviços são mais conhecidos após a mensagem das lideranças comunitárias. As mulheres de Paraisópolis conhecem melhor os serviços disponíveis para elas como delegacia de proteção à mulher (+19%), 180 (+9%), 190 (+28%), orientação jurídica e psicológica e/ou moradia (+12 %), entre outros.

Meninas de 15 a 24 anos tiveram um aumento muito significativo no conhecimento sobre violência sexual. Especialmente as mulheres entre 15 e 24 anos, seu conhecimento sobre violência sexual aumentou 43%. E em relação à violência psicológica aumentou 21%. As mulheres de 25 a 34 anos aumentaram seus conhecimentos sobre violência patrimonial (+21%) e psicológica (+12%).

Menções na mídia + 227
Milhões em valor de mídia 1,5
Milhões de visualizações de página 67,5
Milhões de visitantes únicos 27
Assets postados nas redes da ONU e parceiros +33
Alcance potencial +1.2M
Curtidas +42K
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