PitsTop Grau na Segurança com Fundación MAPFRE

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Ampliando a atuação da conscientização sobre segurança viária para valorizar a vida de quem vive no corre.

Após a campanha Grau na Segurança, realizada pela Purpose em 2021, olhamos para 2022 e chegamos na conclusão de que a realidade dos entregadores não mudou. 

Logo, o desafio de conscientizar os entregadores sobre a importância da segurança no trânsito, se tornou aprofundar ainda mais o relacionamento com o público

Para envolver os entregadores e trazer a eles a conversa sobre segurança rodoviária, passamos a nos aproximar e a participar dos espaços que eles já ocupavam com uso de uma linguagem acessível que referenciam sua vida cotidiana. 

Lançamos um evento de campanha, “PitStop Grau na Segurança, visando priorizar o valor do cuidado com os entregadores, que muitas vezessão negligenciados, garantindo aos motoristas o acesso a serviços de saúde e segurança. O evento criou um ambiente no qual os motoristas de entregas poderiam garantir que eles estivessem na melhor forma de estar na estrada dia após dia.

02. Estratégia

Desafio

Ao ouvirmos as redes sociais, identificamos uma verdade que continuou viva na percepção da sociedade em relação aos motocas: 

“Ser entregador é uma profissão de perigo”

Se em 2021 nos concentramos nas dicas de segurança, em 2022, a partir das premissas de tal contexto, ampliamos a atuação para valorizar o trabalho e a vida de quem está no corre diariamente.

Dois pontos soaram como grande chamamento: 

  1. A necessidade de humanizar os entregadores;
  2. A relação da invisibilidade com a falta de segurança da categoria.

Abordagem

O foco principal da campanha é colocar luz na questão da invisibilização e trazer discussões sobre humanidade e segurança. Para isso, conversamos com nosso público-alvo, aprofundamos o relacionamento e a abordagem, falando de segurança viária, mas com foco maior na invisibilização do público na sociedade como gerador das problemáticas que os tornam tão vulneráveis no trânsito.


Nossa campanha buscou dar protagonismo e reconhecimento aos entregadores, trazendo discussões importantes sobre a humanidade e a segurança deles. Mobilizar e colocar a conversa nos pontos de contato (interações digitais e/ou físicas) foi o desafio. Então, a partir deste cenário, como dialogamos com a comunidade e a convocamos para estar junto?

Através de uma mensagem empática e humana, e de uma linguagem mais informal.

03. Campanha

A campanha foi desenvolvida com uma linguagem acessível e carregada de referências relacionadas ao trabalho dos motociclistas. Para o lançamento, realizamos o evento “PitsTop Grau na Segurança”, que ofereceu um espaço de cuidado e valorização da vida dos entregadores.

A ação, baseada no pilar da segurança e da valorização do entregador, se deu em um espaço com saúde, alimentação, bem-estar, troca de ideias, música, etc. Durante o pitstop, tivemos o total de 2.272 pessoas atendidas em todos os serviços disponibilizados, e o tempo médio de permanência no evento foi de aproximadamente 40 minutos.

Um ambiente que fomentou o orgulho da categoria e, ao mesmo tempo, estimulou os entregadores a cuidarem de si e de seus instrumentos de trabalho. 

A alimentação foi o ponto alto do evento. Muitos entregadores comentaram a importância de terem economizado com a refeição naquele dia, e também elogiaram a qualidade da alimentação e do atendimento.

No final do evento, fomos informados de que um entregador descobriu ser portador de diabetes durante o atendimento no evento. Diagnóstico que provavelmente levaria muito mais tempo para ser feito por ele na rede pública de saúde, considerando que a maioria deles não tem condições de pagar convênio médico.

Também usamos as redes sociais da Fundación MAPFRE para divulgar uma chamada com o objetivo de conscientizar sobre a importância e necessidade do cuidado não só com o equipamento de trabalho, mas também com a saúde mental dos entregadores. 

04. Parceiros
Imagem de uma mulher negra com fones de ouvido tocando equipamentos de música.

Reforçando a importância da música na cultura dos entregadores, contamos com a presença da DJ Zemê, que deu play no que toca nos fones dos motocas, isto é, apresentou um repertório que foi do rap ao pagode, o que provocou uma conexão imediata, como também manteve a energia no alto ao, constantemente, dialogar com eles durante todo o evento. 

Imagem apresenta um homem vestido com jaqueta preta e amarela, com microfone na mão.

Além disso, também contamos com a presença do Gringo Motoka, fundador do AMABR (Associação de Motofretistas de Aplicativos e Autônomos do Brasil), para conversar diretamente com os motoboys, e o Rogério do projeto Pedale-se, para falar com os ciclistas.

É preciso nutrir as ideias também: os momentos das falas foram os únicos em que as áreas de alimentação ficaram vazias, o que ressalta a vontade e a necessidade deles trocarem experiências. A realidade dos motocas, marcada pelo classismo e pelo racismo, foi o assunto.

05. Mídia

Tivemos 700 mil pessoas impactadas pela campanha que foi anunciada em diversas publicações feitas de forma orgânica na imprensa em veículos como Mobilidade Estadão, Seguro Total, CQCS, Revista Cobertura e ABC da Comunicação

06. Impacto

Ao todo, nós tivemos +2 mil pessoas atendidas em todos os serviços disponibilizados. Atendemos +900 pessoas em Saúde, considerando: Exame de Glicemia; Exame de Pressão; Massagem; Oftalmológico. No check up, atendemos mais de 300 pessoas, considerando: Revisão das Motos (87); Limpeza dos Capacetes; Calibragem dos Pneus.

“Rodo mais de 50 km por dia e tem quem não dê valor. Mas o evento foi da hora! A primeira vez que fiz massagem, pois nunca tive oportunidade, foi muito bom. E o lanche foi o melhor que já comi na vida! É sério!”

– Sidney de Souza Araújo, o  Aranha, 27 anos – Francisco Morato/SP

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